sábado, 30 de março de 2013

"FOLI" there is no movement without rhythm


O ritmo está em tudo, somos ritmo.

Anjos Negros



Poesia.

As “pragas devastadoras” invadiram a Diáspora,
E embranqueceram nossa cultura.
Transformaram em vovós e vovôs,
Nossas iaiás e ioiôs.
Instituíram um “bem” branco
E um “mal” negro…
Uma “paz” branca,
E um “luto” negro…
Almas brancas que vão pro céu,
Almas negras, pro inferno.
Deuses brancos que são benéficos,
Deuses negros que são maléficos…
Anjos brancos que são “cristos”,
Anjos negros que são demônios.
Chega!!!
A negritude dá seu grito de desabafo!
As crianças negras querem anjos da guarda negros.
O povo negro quer magia negra.
O povo negro quer cultura negra!
Repudiamos sua prepotência,
Repudiamos sua divisão racial,
Repudiamos sua aquarela racista.
Queremos anjos negros!
Faremos um “bem negro”.
Somos povo N E G R O!!!
Por: Shirley Pimentel de Souza
Ibotirama – BA

Documentário Abdias Nascimento


O documentário Abdias Nascimento, da TV Câmara, apresenta a 
vida de um dos maiores ativistas do movimento negro no Brasil.


A Arte Salva



Com a participação de alguns integrantes do Grupo para realização da intervenção artística "A Arte Salva"

















Intervenção artística colaborativa no Congresso Nacional, em Brasília. A obra não autorizada aconteceu no dia 08 de dezembro com a participação de dezenas de pessoas que jogaram 360 bóias salva-vidas no espelho d’água com a frase “A ARTE SALVA”. O artista fez uma palestra em novembro, convocando os estudantes e planejou uma oficina nos ateliers da UNB - Universidade de Brasília - dias antes da ação para organizar o coletivo.
ficha técnica:
360 boias salva-vidas de plastico, adesivo vinilico, capas de chuva e 200 participantes.
Congresso Nacional, Brasilia |2011

quinta-feira, 14 de junho de 2012

"Diligência pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias no Quilombo Rio dos Macacos, para acompanhar o conflito territorial instalado com a Marinha do Brasil.


Comissão de Direitos Humanos e Minorias – CDHM, realizará no dia 04 de junho,diligência na comunidade Rio dos Macacos, localizada em Simões Filho-Ba, para acompanhar o conflito territorial instalado com a Marinha do Brasil e apurar as constantes denúncias de violações de direitos humanos cometidas contra esse povo quilombola.
A realização da diligência muito contribuirá para mediação do conflito e apuração das denuncias de violências recebidas por esta Comissão. O Quilombo Rio dos Macacos, com mais de 200 anos de existência, viu, a partir da década de sessenta, seu território ser diminuído e ameaçado, uma vez que a área a foi desapropriada para a Marinha do Brasil instalar a Base Naval de Aratu.A área foi reconhecida e certificadacomo quilombo pela Fundação Cultural Palmares em 2010.

AUDIENCIA PÚBLICA


O Deputado Federal Domingos Dutra, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria esteve na tarde desta segunda-feira (14/05) na Câmara Municipal de Patos de Minas, realizando um encontro com membros da comunidade quilombola Oliveira e Ventura, de Patos de Minas e Serra do Salitre.
Na Câmara a comitiva do deputado foi recepcionada pelo vereador Bosquinho, representante da presidente Dalva Mota, vereadores,  Pedro Lucas e Batista Miudo.
No evento foram abordados vários assuntos, sendo que o principal, é o amparo legal as 422 famílias da comunidade quilombola Oliveira e Ventura, onde conforme laudo antropológico já elaborado, requerem o cumprimento de seus direitos humanos violados.
Participaram também desta diligência, além do Presidente, representantes dos deputados Padre João (PT/MG) e Gilmar Machado (PT/MG) e o Deputado Federal José Humberto (PHS/MG).
José Antonio Ventura, Coordenador Nacional dos grupos quilombolas, aproveitou também para falar da importância da vinda do deputado Domingos Dutra à Patosde Minas e Serra do Salitre, para verificar "in-loco"  a real situação dos grupos, representados pela Associação dos Remanescentes dos Quilombos das Famílias Oliveira e Ventura - ARQOV.

Dia da África - Especial do programa "Sem Censura"

Leda Nagle comemora o Dia da África, nesta sexta (25), pautando os convidados do Sem Censura pelo recorte africano. Ela recebeu o diplomata, historiador Alberto da Costa e Silva; o cantor e compositor Mauricio Tizumba; o historiador e escritor Joel Rufino; o estilista e designer Goya Lopes; e o jornalista e pesquisador João Carlos Rodrigues, que estará lançando o livro 'O Negro Brasileiro e o Cinema'.


Confira: http://correionago.ning.com/video/video/show?id=4512587:Video:260807&xgs=1&xg_source=msg_share_video

As cotas, agora, são constitucionais - Revista Afro


Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em abril, que as cotas para estudantes negros agora são constitucionais, ou seja, obrigatórias por lei! A decisão vale para todas as instituições públicas que adotam ou pretendem adotar o critério racial em seus processos seletivos como forma de diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior.
Os ministros do Supremo entenderam que a cota é um instrumento legítimo para corrigir desigualdades e compensar a discriminação e a falta de oportunidades que os negros têm sofrido historicamente no Brasil.
Com representantes dos movimentos negros e de indígenas, a plateia aplaudiu ao fim do julgamento, quando o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, declarou que o Brasil deve se orgulhar pela decisão tomada:
— Toda política de promoção racial que se dote de proporcionalidade e de razoabilidade deita raízes e repousa no regaço da Constituição brasileira. O princípio de unidade da Constituição chancela as políticas de promoção racial. A partir desta decisão, o Brasil tem mais um motivo para se olhar no espelho da história e não corar de vergonha.
Para o ministro Luiz Fux, a reserva de vagas é uma forma de “remediar desvantagens impostas por minorias em razões de preconceitos passados”. O ministro alertou para um “paradoxo do sistema”, segundo o qual “só chega na universidade pública quem estudou em escola privada”. Para ele, não há uma resposta plausível para essa injustiça.
— A opressão racial dos anos da sociedade escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem na diferenciação dos afrodescendentes. A injustiça do sistema é absolutamente intolerável — afirmou Fux.
Saiba como todos os 10 ministros votantes se posicionaram sobre as cotas:
LUIZ FUX: “Uma coisa é vedar a discriminação; outra coisa é implementar políticas que levem à integração social e étnica do afrodescendente diante dessas ações afirmativas, principalmente dessa integração social acadêmica. Viva a nação afrodescendente!”

ROSA WEBER: “A disparidade racial é flagrante na sociedade brasileira. A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela… Quando o negro se tornar visível nas altas esferas da sociedade, política compensatória alguma será necessária”
CÁRMEN LÚCIA: ”As ações afirmativas não são as melhores opções, a melhor opção é uma sociedade com todo mundo livre para ser o que quiser. Isso é um processo, uma etapa, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente”
JOAQUIM BARBOSA: ”A História universal não registra nação que tenha se erguido de condição periférica a nação digna de respeito na política internacional mantendo no plano doméstico uma política de exclusão em relação a parcela expressiva da sua população”
CEZAR PELUSO: ”O que as pessoas são e fazem dependem das oportunidades que tiveram. (O) mérito é justo apenas em relação aos candidatos que tiveram a mesma oportunidade, não é possível usar o mesmo critério para quem no passado não teve as mesmas oportunidades”
GILMAR MENDES: “Em razão do modelo escravocrata de desenvolvimento, o acesso a universidade pública acaba dificultado, porque essa população é mais débil economicamente. Não se pode negar a importância de ações que levem a combater essa crônica desigualdade”
MARCO AURÉLIO MELLO: ”Falta a percepção de que não se pode falar em Constituição Federal sem levar em conta, acima de tudo, a igualdade. Precisamos saldar essa dívida, no tocante a alcançar-se a igualdade”
AYRES BRITTO: ”Quem não sofre preconceito pela cor da pele já leva uma imensa vantagem, já é beneficiário, não desfruta de uma situação desfavorecida imbricada a outros… Os brancos, em matéria de discriminação, nunca precisaram de Constituição…”

CELSO DE MELLO: ”Ações afirmativas são instrumentos compensatórios para concretizar o direito da pessoa de ter sua igualdade protegida contra práticas de discriminação étnico-racial. Uma sociedade que tolera práticas discriminatórias não pode qualificar-se como democrática”
RICARDO LEWANDOWSKI: ”O reduzido número de negros e pardos que exercem cargos de relevo resulta da discriminação histórica que as pessoas desses grupos têm sofrido. Os programas de ações afirmativas são uma forma de compensar a postura complacente do Estado”