quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Instituto de Arte Afro- Brasileiro Profª Zilda Dias convida - Projeto " VIVA ZUMBI"










oficinas Gratuitas:

Local: Plano Piloto – Praça Zumbi dos Palmares ( CONIC)
Poesia ( 17 e 18 de novembro) : 15:00 às 16:00 – Jorge Amancio
11:30 às 12:30 - Maria Multinarem e Kelly Viana

Medicina Natural (18 e 19 de novembro ) : 11 às 12:30 – Mamebe Benedito Antônio

Culinária Quilombola ( 18 e 19 de novembro) : 14:00 às 15:00 - João Antônio Pereira e Sandra
Braga

Teatro (18 e 19 de novembro): 10:00 às 11:00 – Isis Albuquerque

Beleza Negra
28 e 29 de novembro
Local: Asa Norte 706 bloco: G – Salão Akíni
Hr: 10:00 às 11:30

Instrumentos percussivos
Local: Gama- DF , área especial 11 setor sul centro de ensino
Hr: 9 às 11:30
João Monteiro

Danças
Local: Centro de Dança - Plano Piloto
Hip Hop ( 17 de novembro) – 14:00 às 15:00 – Domdeh

Danças Urbanas ( 17 às 10:00 às 11:00 e 18 de novembro 14:00 às 15:00 ) – 10:00 às 11:00 - Thiago Peixoto

Dança Afro ( 18 de novembro) – 10:00 às 11:00 – Nininha Albuquerque

Capoeira
Local: Varjão quadra: 09 – Projeto Cultural Raízes
Mestre Aladin



Encerramento do Evento:

Local: Espaço Cultural Renato Russo
Hs:16:00 às 18:30
Entrada Franca
Coquetel de Confraternização
Com intervenções culturais de : poesia, música, dança e teatro.

Mais informações:
Blog: grupoteatralprofzildadias.blogspot.com
e-mail: grupoteatralprofzildadias@gmail.com

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Almoço com o Emicida e sua equipe.

Almoço de integrantes do Grupo Teatral Profª Zilda Dias com o Emicida e sua equipe. 



Ballet de Bolshoi



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Morre queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004

A ambientalista queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004, morreu neste domingo (25), anunciou nesta segunda-feira (26) o Movimento Cinturão Verde, que ela fundou há mais de 30 anos.


“Com imensa tristeza, a família de Wangari Maathai anuncia seu falecimento, ocorrido em 25 de setembro de 2011, depois de uma grande e valente luta contra o câncer”, anuncia a organização em sua página na internet.

Segundo as agências internacionais de notícias, Wangari Maathai, de 71 anos, morreu num hospital em Nairobi.


Maathai fez campanha pelos direitos humanos e capacitação das pessoas mais pobres da África. Em 2004, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável, democracia e paz. Foi a primeira mulher africana a levar o prêmio.


Bióloga, mãe de três filhos, Wangari Maathai foi presa e ameaçada de morte por lutar pela democracia no Quênia. Nas primeiras eleições livres de seu país, foi eleita para o Parlamento e tornou-se ministra assistente do Meio Ambiente.







Via Correio Nagô



Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topic/show?id=2232714:Topic:183655&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Lázaro Ramos na campanha do Unicef "Por uma infância sem racismo".

http://www.mariapreta.org/2011/09/lazaro-ramos-na-campanha-do-unicef-por.html?spref=fb

Criança alvo de racismo: "negrinho sujo e fedido

Supermercado paga R$ 260 mil a criança alvo de racismo


garoto negro T., de 10 anos, que acusa seguranças do Hipermercado Extra da Penha, na zona leste de São Paulo, de tê-lo chamado de "negrinho sujo e fedido" e de ter sido obrigado a tirar a roupa, foi indenizado em R$ 260 mil pela empresa. Os seguranças suspeitavam de furto. A criança não havia levado nada.




O caso ocorreu em 13 de janeiro. Segundo depoimento da criança no 10.º Distrito Policial (Penha), ele foi abordado por três seguranças e levado para uma "sala reservada" com outros dois garotos, de 12 e 13 anos. Após as ofensas raciais, um segurança "japonês" (com feições orientais) o ameaçou com uma "faquinha de cabo azul", com um tubo de papelão - dizia que "era bom para bater" - e afirmou que ia "pegar um chicote".



O garoto foi obrigado a tirar a roupa e, só depois, os seguranças verificaram que T. levava nota fiscal de R$ 14,65, que comprovava a compra de dois pacotes de biscoito, dois pacotes de salgadinhos e um refrigerante. O documento foi anexado ao inquérito e é uma das principais provas contra os seguranças.



Apesar da indenização, o Grupo Pão de Açúcar afirma "não reconhecer" as alegações. Segundo o texto do acordo, a indenização foi concedida "por mera liberalidade e sem qualquer assunção de culpa nas esferas cível ou criminal". Os seguranças envolvidos, segundo a empresa, foram demitidos.



O Grupo Pão de Açúcar ainda afirmou que "repudia qualquer ato discriminatório, pauta suas ações no respeito aos direitos humanos e esclarece que o assunto foi resolvido entre as partes".



"A investigação criminal não pode parar. Nesse tipo de caso, as punições têm de ser exemplares. São crimes muito graves, que podem marcar a pessoa para a vida toda. Especialmente quando a vítima é uma criança", disse o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, que acompanhou o caso.



As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A criminalização do artista - Como se fabricam marginais em nosso país

'Não gosto de mulheres negras, não darei senhas para vocês' diz promotor da Bienal do Livro

Alunos da Escola Estadual Guilherme Briggs, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói, sentiram na pele, na tarde da última segunda-feira, a dor do preconceito racial, que supostamente para muitos não ocorreria mais em nosso país, muito menos nas dependências de uma feira literária, onde nossa cultura é expressada das mais variadas formas, nas páginas publicadas por inúmeras editoras. Preconceito e injúria racial são crimes passíveis de prisão, no artigo 9º da Lei 7716/89.



De acordo com a diretora da escola, Alcinéia de Souza, o fato entristeceu e chocou os alunos da unidade, uma das mais conhecidas do município, foi registrado ontem da Delegacia Legal de Icaraí (77ª DP), e formalmente encaminhado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

 
 
LEIA NA ÍNTEGRA :  http://www.mariapreta.org/2011/09/nao-gosto-de-mulheres-negras-nao-darei.html?spref=fb

'Correios aderem à campanha Igualdade Racial é pra Valer'

Acordo de cooperação que será assinado terça-feira (27/09), às 15h, prevê uma série de ações pela promoção da igualdade no âmbito de atuação dos Correios

Nas próximas semanas, todas as agências dos Correios terão cartazes da campanha Igualdade Racial é pra Valer. A estratégia de divulgação faz parte de um amplo acordo de cooperação técnica, que a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) assinará terça-feira (27), às 15h, com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A parceria visa à implementação de ações conjuntas que assegurem a adesão da ECT à campanha.

A solenidade de assinatura do acordo de cooperação acontecerá no Salão Nobre do Edifício Sede da EBCT, localizado no Setor Bancário Norte - SBN, Quadra 1, Bloco A, Sobreloja 1, Brasília. O evento contará com a participação da Ministra da Seppir, Luiza Bairros, do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, parlamentares e gestores dos dois órgãos federais.

Além da divulgação das peças publicitárias nas agências, a ECT assumirá uma série de compromissos pela promoção da igualdade racial. Entre eles, a realização de um censo para identificação do perfil étnico-racial de funcionários da empresa; a institucionalização do Fórum dos Direitos Humanos e da Diversidade dos Correios; e a divulgação e atendimento de demandas do Estatuto da Igualdade Racial.

Na dimensão do reconhecimento e da valorização da história e cultura negra em suas formas de existência e resistência, o acordo possibilitou a produção do Selo Personalizado e do Carimbo Comemorativo da Revolta dos Búzios. As peças homenageiam os quatro heróis de Búzios,que tiveram os nomes inscritos no Livro dos Heróis da Pátria, o "Livro de Aço", pela presidenta da República, Dilma Rousseff. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates e Conjuração Baiana, o movimento libertário aconteceu na cidade do Salvador, no século XVIII, sendo protagonizado por africanos, negros livres, forros e libertos.



Igualdade Racial é pra Valer



Lançada neste Ano Internacional dos Afrodescendentes - declarado pela ONU, a campanha da Seppir convoca a sociedade a incorporar o movimento pelo fim do racismo no Brasil. As parcerias são estabelecidas com órgãos do governo, com a iniciativa privada e a sociedade civil, fortalecendo a promoção da igualdade racial em diferentes segmentos. A iniciativa já conta com a adesão de governos estaduais e municipais, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; dos Ministérios da Saúde, Educação e da Justiça, através da Polícia Federal; da Petrobras, dos Correios, da Caixa Econômica Federal, da Tempo Propaganda, e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os acordos de cooperação são construídos conforme a especificidade da atividade dos parceiros e incluem os planos de trabalho com atribuições das partes, metas e prazos para execução das ações. Além do comprometimento com a divulgação da campanha, também são previstas cláusulas relativas à formulação e implementação de ações afirmativas. Oferta de cursos de capacitação, realização de censos e estudos, adoção de sistemas de cotas raciais, proposição de leis, estão entre as iniciativas pautadas.




Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topic/show?id=2232714:Topic:182793&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Caixa pede desculpa a negros ao retirar comercial com Machado de Assis branco

Um dia depois de receber um pedido de providências pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a Caixa Econômica Federal retirou a campanha publicitária que trazia o escritor Machado de Assis como personagem. A crítica de ativistas ligados ao movimento negro e da secretaria era ao fato de que a propaganda "embranquecia" um dos principais nomes da literatura brasileira, o que contribuía para a "invisibilização dos afro-brasileiros".


Em nota, o banco público pede desculpas a toda a população, especialmente "aos movimentos ligados às causas raciais". A Caixa sustenta que a diversidade racial brasileira sempre é retratada em peças publicitárias e cita ações realizadas em parceria com a Seppir e com movimentos sociais.


Criada pela agência Borghierh/Lowe, a peça em vídeo lista imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) que foram correntistas do banco, para associar ao slogan adotado ("uma história escrita por todos os brasileiros"). Machado de Assis, que também foi cliente, era negro, mas seu papel foi interpretado por um ator branco. Na nota da Caixa, não há informações sobre mudanças no contrato de prestação de serviço com a agência de publicidade, nem de produção de uma nova versão do comercial.

Ao pedir a retirada do ar da campanha, a Seppir lamentou a "solução publicitária de todo inadequada" e encaminhou pedidos de providências também a outros órgãos, como o Ministério Público Federal, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).


Por: Redação da Rede Brasil Atual



Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topic/show?id=2232714:Topic:182233&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Mulheres negras artistas falam sobre a importância da vitória de Miss Angola

http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topic/show?id=2232714:Topic:180471&xgs=1&xg_source=msg_share_topic



Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/

Evento : Encontro Nacional de Graffiteiros

Poemação na Biblioteca Nacional

Participação na poemação na Biblioteca Nacional em Brasília - DF


sábado, 27 de agosto de 2011

'Propaganda da Nivea que manda negro "se civilizar" é acusada de racismo'

A peça mostrava um negro com o cabelo curto e supostamente "arrumado" jogando fora a cabeça de um negro com um penteado afro.

Após uma série de protestos nas redes sociais e no Youtube, a empresa alemã de cosméticos Nivea retirou sua nova campanha "Re-civilize you

Link: http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blog/show?id=2232714:BlogPost:169129&xgs=1&xg_source=msg_share_post

Fonte: negrosnegrascristaos.ning.com




Viva Mandiba




> Carinhosamente conhecido por todos os sul-africanos pelo seu nome de

> seu povo Xhosa, Madiba, e Tata (Xhosa para o pai), Mandela representa

> muitas coisas: a importância dos outros respeitando, a importância da

> fé por nossas crenças, dignidade, igualdade, humildade, determinação,

> força , altruísmo e acima de tudo, perdão.

>

> Muito amado em todo o mundo, Madiba tem recebido mais de 250 prêmios

> ao redor do globo, incluindo o Prêmio Nobel da Paz 1993. Ele é um

> líder nato, cuja crença para o que é certo e justo o manteve preso em

> Robben Island durante 27 anos.

>

> Os sul-africanos olham Madiba como sua parte de si, mas hoje ele

> pertence ao mundo inteiro.

>

> Ele é um homem cuja presença e tudo o que ele representa não pode ser

> confinado a um único país. Partilhamos Tata Madiba com o mundo.

>

> Para homenagear Mandela as Nações Unidas lançaram Nelson Mandela Dia

> Internacional em 2009. Inaugurado em 2010, o dia simboliza uma chamada

> à ação para pessoas em todo o mundo para assumir a responsabilidade de

> tornar o mundo um lugar melhor, melhorar a vida para si e para outros,

> um pequeno passo de cada vez.

>

> O slogan do Dia Mandela, "Tome uma atitude. Inspire mudança. Faça de

> cada dia um dia de Mandela", visa incentivar as pessoas a fazer a

> diferença, trabalhando para uma mudança positiva.

>

> Como podemos fazer essa mudança? Começar pelo mais simples: dedicar

> apenas 67 minutos (simbolizando a 67 anos Mandela dedicou à luta pelos

> direitos humanos) do seu tempo no Mandela Day para ajudar os outros e

> fazendo mudanças positivas.

>

> É fácil. Basta olhar ao seu redor e você encontrará uma causa

> necessitados. Achmat Dangor, diretor executivo da Fundação Nelson

> Mandela, sugere uma série de atividades em potencial.

>

> "Eles podem variar de ajudar a limpar ou atualizar instalações

> públicas como escolas, orfanatos e clínicas, doando livros para

> bibliotecas comunitárias, médicos voluntariado seu tempo de lazer, os

> alunos e educadores ensinar aos outros o que bandeira do nosso país e

> constituição representa.

>

> "É nossa esperança que estes esforços, em conjunto, levará para o

> desdobramento de um movimento nacional do bem entre os sul-africanos

> que transcende raça, cultura e ideologia",

>

> Frases de Mandela

> "Durante minha vida eu tenho me dedicado a esta luta do povo Africano.

> Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Eu

> estimo o ideal de uma sociedade democrática e livre em que todas as

> pessoas convivam em harmonia e com igualdade de oportunidades. é um

> ideal que espero viver e alcançar. Mas se for preciso, é um ideal pelo

> qual estou preparado para morrer. "

>

> "Se eu tivesse mais tempo eu faria o mesmo outra vez, então faria com

> qualquer homem que se atreve a chamar-se um homem"

>

> "Uma Troca forte e honesto de opiniões e críticas é necessária para

> qualquer sociedade ser verdadeiramente democrático, e por qualquer

> governo para permanecer no curso"


> "Parte da construção de uma nova nação significa construir um espírito

> de amor, tolerância e respeito entre as pessoas deste país"



> Canção de aniversário especial para o nosso Tata



> Happy birthday to you,



> Happy birthday to you,

> Happy birthday to you,

> Happy birthday dear Tata,

> Happy birthday to you.



> We love you Tata

> We love you Tata

> We love you Tata

> We love you Tata



> Nelson Mandela

> Nelson Mandela. Ha hona ya tshwanang le wena (no one is like you).

> Ha hona ya tshwanang le wena, ha hona ya tshwanang le wena.

> Yeep yeep!

> Hooray!







FONTE: http://www.sowetanlive.co.za/news/mandela

'Criança alvo de racismo: "negrinho sujo e fedido"'


O garoto foi obrigado a tirar a roupa e, só depois, os seguranças verificaram que T. levava nota fiscal de R$ 14,65, que comprovava a compra de dois pacotes de biscoito, dois pacotes de salgadinhos e








Tópico publicado por Missões Quilombo:






Supermercado paga R$ 260 mil a criança alvo de racismo O garoto negro T., de 10 anos, que acusa seguranças do Hipermercado Extra da Penh...










Descrição do tópico:


Criança alvo de racismo: "negrinho sujo e fedido"



Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topic/show?id=2232714:Topic:153791&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Estudantes negros são menos de 10% nas universidades federais



Amanda Cieglinski




Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado hoje pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.

Ainda que a participação dos negros nas federais seja pequena, houve um crescimento em relação à pesquisa anterior produzida pela Andifes em 2003, quando menos de 6% dos alunos eram negros. Isso significa um aumento de 47,7% na participação dessa população em universidades federais.

Para o presidente da associação, João Luiz Martins, a evolução é "tímida". Ele defende que as políticas afirmativas precisam ser mais agressivas para garantir a inclusão. "A universidade tem uma dívida enorme em relação a isso [inclusão de negros]. Há necessidade de ampliar essas ações porque o atendimento ainda é muito baixo", avalia.

A entidade é contra uma legislação ou regra nacional que determine uma política comum para todas as instituições, como o projeto de lei que tramita no Senado e determina reserva de 50% das vagas para egressos de escolas públicas. "Cada um de nós tem uma política afirmativa que se adequa melhor à nossa realidade. No Norte, por exemplo, a universidade precisa de uma política que tenha atenção aos indígenas. No Sul, o perfil já é outro e na Bahia outro", explica Martins.

O estudo mostra que os alunos egressos de escolas públicas são 44,8% dos estudantes das universidades federais. Mais de 40% cursaram todo o ensino médio em escola privada. O reitor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Carlos Maneschy, explica que na instituição metade das vagas do vestibular é reservada para egressos da rede pública. Desse total, 40% são para estudantes negros. Ele acredita que nos próximos anos a universidade terá 20% de alunos da raça negra. "Antes, nem 5% eram de escola pública", diz.





LEIA NA INTEGRA AQUI



Cotas raciais são mais efetivas que as sociais



BRASÍLIA



Pesquisa feita em 2010 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com cerca de 20 mil estudantes de graduação mostra que as cotas raciais tiveram maior impacto que as sociais nessas universidades.

A pesquisa constatou que a proporção de alunos das classes C, D e E foi de 43,7% em 2010, ante 42,8% no estudo anterior, de 2003 e 2004. Quando observada a divisão por raça, cor e etnia, seguindo critérios do IBGE, o aumento, em pontos porcentuais, foi maior: o de pretos, que era de 5,9%, chegou a 8,72%; o de pardos passou de 28,3% para 32,08%. Entretanto, o de amarelos caiu de 4,5% para 3,06%; e o de índios, de 2% para 0,93%.

Como a pesquisa incluiu universidades que não adotam ações afirmativas, o número global dilui o seu impacto . Além disso, a expansão da rede federal provocou o aumento do número de estudantes identificados como pretos (mais 29.524), pardos (77.664) e brancos (75.060), entre 2004 e 2010.

O relatório, observa o presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, João Luiz Martins, não constata o impacto com a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) pelas federais, impulsionada em 2009.

Pretos e pardos constituem 40,8% da comunidade universitária na graduação - no Censo 2010, a população brasileira que se classificou dessas formas foi de 50,74%. Sem as cotas, a Andifes crê que as federais seriam ainda mais elitistas. "Quando você percebe que a pesquisa aponta discrepância em relação à população, isso reforça a necessidade de ampliar as cotas", diz Martins. O maior aumento no número de alunos pretos ocorreu no Norte (13,4% contra 6,8%) e Nordeste (12,5% ante 8,6%).



Cursos de licenciatura têm 30 mil vagas para professores da rede pública de educação básica



Objetivo é garantir aos professores a formação acadêmica exigida pela lei de diretrizes e bases da educação



Professores em exercício na rede pública de educação básica podem realizar pré-inscrições para cursos de licenciatura presenciais até 10 de setembro. Cerca de 30 mil vagas para cursos que terão início no primeiro semestre de 2012 serão oferecidas pelo Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica – Parfor Presencial.

O Parfor é uma ação organizada e financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para atender as metas da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. O objetivo principal é garantir aos professores em exercício na rede pública uma formação acadêmica exigida pela lei de diretrizes e bases da educação nacional, bem como promover a melhoria da qualidade da educação básica.



Edital Nacional De Seleção Artística Conexão Vivo Inscrições abertas para artistas brasileiros

Seleção nacional recebe, entre 4 e 21 de agosto, inscrições de músicos interessados em integrarem-se a rede com ações em todas as regiões do país



O Conexão Vivo lança a versão 2011/2012 de seu Edital Nacional De Seleção Artística. Até 21 de agosto, músicos de todo o país terão oportunidade de se inscrever no edital, que garante aos selecionados a sua participação na rede do programa, uma das maiores plataformas de incentivo ao desenvolvimento da cadeia produtiva cultural no Brasil.



Serão selecionados 45 artistas, sendo 30 de música cantada e 15 de música instrumental. Os escolhidos pelo edital participarão de um circuito de shows e atividades formativas que inclui as cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luiz, São Paulo e Vitória, entre os meses de setembro de 2011 e setembro de 2012.

Mais informações: www.conexaovivo.com.br



Curso de Agente de Desenvolvimento Local



- o período de 10/08/11 a 18/11/11, às 2ªs, 4ªs e 6ªs, das 08h00 às 12h00,

- no CIC - Centro de Integração da Cidadania do Itaim Paulista – Programa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de SP

- na Rua Padre Virgílio Campello, 150 – Itaim Paulista.

No curso o participante é capacitado para implementar o desenvolvimento local em parceria com órgãos dos setores público e privado e da sociedade civil, tendo a atuação em rede como referência de sustentabilidade.O curso é dirigido a profissionais que atuam ou tenham planos de atuar em empresas, órgãos públicos e ONGs.Ou ainda que pretendam trabalhar como lideranças comunitárias, consultores autônomos, participantes de redes sociais ou mesmo como voluntários.

Contato: pessoalmente, telefone: 2562-3355, e-mail: RBUGNI@SP.GOV.BR

Rita Puosso

Desenvolvimento Social

Senac Itaquera

Senac São Paulo

Tel.: 55 11 2185-9237

fax.:55 11 2185-9201

rita.cgpuosso@sp.senac.br

www.sp.senac.br/itaquera





Campanha “Mulheres e Direitos” convoca sociedade e poder público para o fim da violência e promoção da igualdade de gênero



Iniciativa será lançada nesta sexta-feira (5/8), no Rio de Janeiro, nas presenças de Maria da Penha, da ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial) e da Subsecretária de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves (Políticas para as Mulheres). Com peças enfocadas em homens, mulheres em situação de violência e populações do Norte e Nordeste do Brasil, a campanha valoriza a contribuição da Lei Maria da Penha e da rede de serviços de atendimento às mulheres em situação de violência





Às vésperas dos cinco anos de criação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), as Nações Unidas, no âmbito da Equipe Conjunta sobre Aids, o Instituto Maria da Penha e parceiros lançam nesta sexta-feira (5/8), às 10h30, no Rio de Janeiro, a campanha “Mulheres e Direitos”. O ato terá as presenças de Maria da Penha Maia Fernandes, cuja história de sobrevivência impulsionou a criação da lei; da ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros; da subsecretária de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves; da Deputada Federal Jandira Feghali; do coordenador residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek; do coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) no Brasil, Pedro Chequer; do representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Harold Robinson; da coordenadora de Programas da ONU Mulheres - Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, Júnia Puglia; das atrizes e atores da campanha; e representantes da sociedade civil, entre outras autoridades.



Ao mesmo tempo em que sensibiliza a população brasileira para a redução da violência e a promoção da igualdade de gênero e saúde da mulher, a campanha “Mulheres e Direitos” valoriza a contribuição da Lei Maria da Penha e da rede de serviços de atendimento às mulheres em situação de violência no Brasil, a exemplo da Central 180, delegacias especializadas, casas-abrigo, juizados, varas criminais, núcleos e centros de atendimento, entre outros.



Por meio de três filmes, a campanha “Mulheres e Direitos” enfoca os seguintes públicos: homens, mulheres em situação de violência e populações do Norte e Nordeste do país.



Um caso emblemático no mundo

Todas as peças da campanha “Mulheres e Direitos” são estreladas pela biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que foi agredida pelo seu ex-marido por seis anos e alvo de duas tentativas de assassinato: uma por tiros, que a deixaram paraplégica, e a outra por eletrocução e afogamento. Sobrevivente e em busca dos seus direitos, Maria da Penha obteve apoio dos movimentos de mulheres e encaminhou o seu caso à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre as recomendações da OEA, em 2001, estavam a criação de uma lei para prevenção, punição e eliminação da violência contra as mulheres e a indenização de Maria da Penha, que de fato se concretizou sete anos após a sugestão da OEA e 25 anos após às tentativas de assassinato.



Segundo pesquisas da ONU, uma em cada três mulheres será vítima de violência ao longo da sua vida. A eliminação da violência é uma das prioridades do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, reforçada pela campanha “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” que, até 2015, pretende mobilizar diferentes públicos, entre eles homens líderes, juventude, comunidades não-tradicionais e mídia.



Inovação na linguagem

O primeiro filme da campanha “Mulheres e Direitos” é dirigido aos homens. Os atores Milton Gonçalves e Bernardo Mesquita e o dançarino Carlinhos de Jesus convocam o público masculino a acabar com a violência contra as mulheres. A peça considera os novos dados sobre violência contra as mulheres, divulgados em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, de que um em cada quatro homens sabe de algum parente próximo que já bateu na mulher e de que quase metade dos homens tem algum amigo ou conhecido que agride a sua esposa. No filme, os atores falam sobre o avanço das mulheres na sociedade brasileira e tomam partido pela igualdade de gênero, uma aposta no papel estratégico dos homens para a eliminação da violência.



No segundo filme, quatros mulheres – negra, indígena, branca e outra de meia idade – buscam ajuda numa delegacia especializada de atendimento à mulher. A sequência registra o momento em que as mulheres dão um basta à violência e acessam os serviços públicos. A peça evidencia que a violência contra a mulher atinge todas as mulheres, independente de raça, etnia, classe social e idade, mostrando ainda a importante funcionalidade das delegacias especializadas no atendimento às vítimas.



Na terceira peça, duas mulheres do Norte e Nordeste do país – uma negra e outra indígena – lavam roupa num rio e conversam sobre os primeiros sinais da violência, quando os homens começam a querer controlar as suas vidas. O filme foi produzido sob a inspiração das comunidades indígenas e ribeirinhas e de mulheres do Norte e Nordeste, consultadas no Plano Integrado das Nações Unidas para o estado do Amazonas, o Amazonaids, como uma ferramenta para a conscientização da população local.



Mais investimentos: políticas para as mulheres

Com uma média diária de 10 assassinatos de mulheres e 70% das agressões cometidas no ambiente doméstico, o fenômeno da violência no Brasil é um tema que traz novos desafios para o poder público e a sociedade. Entre eles estão a ampliação da rede de atendimento às mulheres em situação de violência e o aumento dos investimentos nas políticas públicas para a autonomia das mulheres.



A campanha “Mulheres e Direitos” é uma iniciativa da ONU, no âmbito da Equipe Conjunta sobre Aids e de parceiros. É liderada pelo UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids; a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres; o UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas; o UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância; tem o apoio do UNIC Rio – Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil e é assinada em parceria com o Instituto Maria da Penha. Os filmes foram produzidos pela Documenta Filmes, tendo direção de Angela Zoé e coordenação da [X] Brasil Publicidade em Causas/Daniel de Souza. A marca original da campanha, criada com base em conceitos estabelecidos pela ONU, é assinada pelo designer Jair de Souza.





Filmes disponíveis na sexta-feira (5/8) em:

www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-em-acao/videos

www.youtube.com/user/UNAIDSBR







Projeto Outro Olhar: Corredores de Artes Visuais/Recanto das Emas



segunda, 8 de agosto às 19:00

Local: Avenida Recanto das Emas, Quadra 115 – Área Especial.







SOS Parque Olhos D'Água.



O Deputado Joe Valle determinou, hoje, à Assessoria Legislativa da Câmara Distrital, que elabore com urgência um estudo técnico para avaliar a viabilidade de construção do Corredor Ecológico Olhos D'Agua/Arboreto.



O deputado quer ter sustentação jurídica e legislativa para elaborar uma minuta, a ser encaminhada ao Governador Agnelo Queiróz, que garanta a ampliação das poligonais do Parque Olhos D'Agua, incluindo o terreno onde está localizada as nascentes e que é alvo de projeto de construção de um Shopping. " Não podemos cometer nenhum erro para evitar que o projeto seja derrubado por vício de origem ou inconstitucionalidade", alertou Joe Valle.



A unidade de desenvolvimento Rural e Meio Ambiente da Assessoria Legislativa da CLDF ´começa ainda hoje a trabalhar na elaborar deste estudo técnico. Em 2005, o hoje deputado federal Augusto Carvalho, apresentou PL 1796/2005 tratando da mesma questão, porém o projeto foi arquivado.



Marvel anuncia que novo Homem-Aranha é negro de origem hispânica



Miles Morales vestirá fantasia do herói após morte de Peter Parker na HQ.

Revista chega às bancas dos Estados Unidos nesta quarta-feira.

A Marvel anunciou nesta terça-feira (2) que o herdeiro do uniforme do Homem-Aranha após a morte de Peter Parker será Miles Morales, um jovem negro de origem hispânica que protegerá Nova York de vilões a partir desta quarta-feira, data em que o quarto número da série "Ultimate comics fallout" chegará às bancas dos Estados Unidos.



Homem-Aranha negro, na nova série 'Ultimate' (Foto: Marvel Comics/AP)

"Quando apareceu a oportunidade de criar um novo Homem-Aranha, sabíamos que tinha que ser um personagem que representasse a diversidade, tanto pela origem como pela experiência, do século XXI", disse em comunicado o editor-chefe da Marvel, Axel.




FONTE:

ascompirdf@gmail.com

www.coppirdf.blogspot.com





Centro Administrativo - Área Especial 01, Lote 22 - Bloco 3 - Sala 2

CEP: 72.118.900 Taguatinga Norte - Brasília DF

61 33558064 ou 33558078



'Negro ainda vê polícia como inimiga, diz entidade"

De acordo com a pesquisa do IBGE, 68,3% dos entrevistados afirmaram que a cor influencia na relação com a Justiça e com a polícia. O coordenador nacional da Unegro, mais uma vez, recorre à




Tópico publicado por Missões Quilombo
 
Fonte : http://negrosnegrascristaos.ning.com/

CRIADA SECRETARIA DA PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DO DISTRITO FEDERAL



O Governador Agnelo Queiroz assinou hoje a criação da Secretaria da Igualdade Racial do Distrito Federal – SEPIR DF.

A nova secretaria que estava no programa de ações da nova reformulação da estrutura governamental terá como secretaria a Dra. Josefina Serra dos Santos (Dra. Jo), como é conhecida na comunidade Negra do DF e Entorno.

A SEPIR DF terá como plataforma de ações, promover a igualdade e a proteção dos direitos de indivíduos e grupos raciais e étnicos afetados pela discriminação e demais formas de intolerância, com ênfase na população negra do DF e Entorno.

Segundo a Nova secretaria, Dra. Jo, que anteriormente já estava no comando da Coordenadoria para assuntos da Igualdade Racial – COPIRDF, órgão que estava ligado a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania – SEJUS, “ O Governador Agnelo Queiroz,com a criação da SEPIRDF,mostra a sensibilidade de alinhar as políticas públicas para todas e todos sem distinção de gênero, raça/etnia, pois o Distrito Federal que comporta 51% da População declarada pelo IBGE como Negra, terá em nós um trabalho baseado na ética e principalmente na busca por ações afirmativas como Educação, Saúde, Trabalho, emprego e renda e a valorização da cultura Afrobrasileira produzida no DF. Bem como atuar transversalmente com todas as secretarias de Governo e com toda a base aliada, reforçando a gestão do Governador Agnelo”.

A criação da Secretaria é o reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro do Distrito Federal e alinha este Estado as plataformas de ações para a população negra do Governo Dilma.





FONTE: ASCOMPIRDF





sexta-feira, 8 de julho de 2011

Radiografia Cultural- Periferia e Arte no DF


No mês de julho, serão realizados quatro oficinas de graffiti para crianças, comandadas pelos grafiteiros Anderson Fokker, Fábio Pena, Felipe Rdoze e Flávio Soneka. As oficinas vão acontecer aos domingos, das 14h às 17h30, no vão livre do CCBB, onde serão instalados grandes painéis de madeira para a criançada grafitar à vontade. Na terça dia 26 de julho, os grafiteiros que comandaram as oficinas se juntam a Satão, presidente do DF Zulu, para discutir o tema Graffiti e Inclusão Social.

A programação que reúne um ciclo de debates e uma série de atrações artísticas inéditas. Com atrações Mensais o programa tem por objetivo mapear algumas das principais manifestações artísticas das periferias do DF, divulgando e provocando um diálogo inédito sobre os movimentos culturais periféricos no Brasil.

Oficinas dias| 3, 10, 17, 24- 14h às 17h30

Radiografia Cultural| 26 de julho- Terça, 20h

Local| Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília-DF

Entrada Franca.

TV Inesc: Racismo e Igualdade


A TV INESC produz programas quinzenais sobre agendas no parlamento e temas de interesse da sociedade cívil. Nesta semana, apresentamos o programa "Racismo e Igualdade, no qual abordaremos a questão com base no campo das políticas públicas, da educação e, da história e cultura afrobrasileira.

INESC Instituto de Estudos Socioeconômicos - SCS, QD 01, Bloco L, Nr 17, Cobertura
- Ed. Marcia, Brasília/DF - CEP: 70.307-900 - Fone: +55 (61) 3212-0200 - Fax: +55 (61) 3212-0216

Estereótipos do negro nas telenovelas Insensato Coração e Rebelde


Com a internet aumentamos muito a nossa capacidade de comunicação e ganhamos um pouco mais de visibilidade social. Através de emails e redes sociais ampliamos e intensificamos a circulação de informações sobre temas específicos como a presença do negro na mídia e temos criado nossa própria mídia, com sítios, blogs e comunidades virtuais. Em particular sobre as telenovelas temos agora mais oportunidade de opinar sobre o desempenho e os personagens de atores e atrizes negros.


Na atual temporada de novelas duas chamam a atenção Insensato Coração da TV Globo e Rebelde da TV Record.

Em Insensato Coração Lázaro Ramos é o galã canastrão, machista, sedutor, e um profissional bem sucedido que não quer nenhum relacionamento sério com as mulheres e que se vê apaixonado por uma delas. Em Rebelde uma família negra de classe médiasuburbana enredada com a ascensão social de um dos filhos e dos conflitos por isso criados. Um dos destaques da trama é o alcoolismo do chefe de família interpretado porAntônio Pompêu.

Para desagrado de muitos telespectadores os personagens não fogem dos estereótipos mais comuns dos personagens negros nas telenovelas.

Telespectadores, nós sabemos não são críticos de telenovelas, são audiência e suas opiniões são muitas vezes descartadas e algumas vezes servem como referência para os rumos da trama. A influência da opinião de negros numa trama só foi relevante uma ou outra vez em manifestações de racismo explícito sem a devida “punição” ou “correção” ou ainda “erro histórico” em novelas sobre o período da escravidão.

Contudo, na telenovela em geral pela natureza da sua narrativa como um folhetim eletrônico os personagens são sempre estereotipados para serem facilmente compreendidos pelo público.
Os personagens negros num regime de racismo ocultado como o brasileiro, que se caracteriza pela invisibilidade pública do negro ou por representações super estereotipadas do noticiário à ficção, fica mais flagrante o índice dessas representações típicas. Estas características tornam os personagens negros mais marcantes especialmente se são representadas por atores ou atrizes famosos.
Milton Gonçalves, o "pai" alcoólatra de Lázaro Ramos o galã negro na novela Insensato Coração
No caso do personagem de Lázaro Ramos chama à atenção o fato de seu desempenho sexual e profissional não corresponder a uma realidade visível do grande público gerando um estranhamento das opiniões sobre sua legitimidade como galã. Em algum momento seu desempenho sobre o personagem pareceu mesmo “forçado” conforme o próprio ator se manifestou o que parte do público já havia observado com mais ou menos preconceito sobre o galã negro.

Zezé Motta esposa do alcoólatra interpretado por Antonio Pompeu:
Na telenovela Rebelde o estereótipo do alcoolismo pode ser um dado menor num elenco principal de cinco atores e atrizes negros com personagens variados, mas do modo como foi observada a opinião de alguns telespectadores pelo editorial da Revista Raça Brasil isto se tornou mais relevante.
Para o editor-chefe da Revista Raça Brasil o alcoolismo do personagem é um acidente passível da vida de qualquer um “o alcoolismo é uma doença, não é um fator racial”, diz, André Rezende. E quem discordaria disso? Mas chama a atenção, que em Insensato Coração, o pai do personagem de Lázaro Ramos interpretado por Milton Gonçalves, único membro de sua família, seja um alcoólatra. Coincidência, dirão alguns.

Mesmo que se destaque a observação de Zezé Motta de que ela é do tempo “em que o negro na novela não tinha família” - e isso não faz tanto tempo assim. No canal ali ao lado, na TV Globo o galã negro não tem família e o pai é alcoólatra.

Por maior boa vontade que tenha o nosso otimismo de que houveram mudanças nas estórias das telenovelas - e elas ocorreram - podemos ainda verificar sem qualquer dificuldade a repetição dos estereótipos mais comuns - do noticiário à ficção - em relação aos personagens para atores e atrizes negros. Esta repetição ocorre porque ainda são muito poucos os papéis atribuídos aos negros na teleficção com isso a intensidade dos personagens mais comuns principalmente os vilões ou as vilanias ficam mais acentuadas, além da “leitura” que o código do racismo nos orienta e nos deixando alertas para as usas evidências e surpresas.

Precisamos de muitos mais papéis e protagonismos de negros para que seja diluída esta visão que parece irritar o editor da Raça: “ os avanços estão aí para qualquer um perceber, porém, a forma como boa parte da própria comunidade negra encara essas mudanças dá a impressão de que os antigos estereótipos - bandido, traficante pobre, morador de rua... -, são os verdadeiros parâmetros para medir o sucesso e o talento de um ator negro”. Em que pese a boa vontade de corrigir os excessos da crítica pessimista dos telespectadores o editor da Raça também se excede no otimismo da mudança. Ou não, o que você acha?