Aurora junto ao Mestre
Eu sonho em épocas longínquas
Nas noites milenares de seres gelatinosos
Sem medo da serpente Adâmica.
Eu sonho a raça negroide
De meditações cabalísticas onde
Um elo de vivência formou
Seres da Lemuria.
Eu sonho um povo Atlante
Forte de cútis vermelhas, senhores
De grande mistério, mas que se deixaram vencer.
Eu sonho a terra sorrindo nas madrugadas
Egípcias tendo Ísis intocável
Oculta sobre seu véu.
Eu sonho esfinge
Todas as irmãs de Gizê
Segregando muitos ciclos que só
Trimegiste entendeu.
Eu sonho Moises o Hebreu
No santuário Egípcio
Depois no monte Horebe
Queimando-se na sarsa ardente.
Eu sonho a viagem distante
Em busca de Canaã
Onde muitos não chegaram
As praias do mar vermelho.
Eu sonho Jacó no poço
Subindo as escadarias e
Jerico sem muralhas dado
As trombetas mantrais.
Eu sonho Miriam, a essência
Tão simples, alegre e pura
Unanimente eleita para ser
A mãe do Senhor.
E sonho João o solitário
E as multidões as margens do mar morto
Ouvindo o verbo Seguro sob o clarão
Das Fogueiras.
E se foram muitos milênios
Eu já não sonho, desperto de Yokaanam estou perto vivendo
Entre os essênios.
Poema de Isis Albuquerque