sábado, 6 de março de 2010

Profª Zilda Dias

No mês das mulheres postaremos nossas homenagens a elas, a primeira vai para pessoa que deu origem e tudo isso, Prof Zilda Dias.



Zilda Dias nasceu na cidade de Recife- PE no dia 22 de maio de 1941, filha de Manoel Francisco e Manoela do Espírito Santo. Uma apaixonada pelas artes iniciou sua trajetória bem cedo, destacando-se na arte de declamar e representar ainda na escola primária. Com pais bem radicais por inúmeras vezes foi “convidada” a abandonar as artes, se negando a mesma sofria punições severas como o uso da palmatória e outros constrangimentos. Aos 14 anos programou o seu primeiro recital de poesia na primeira Igreja Batista de São Vicente, com a mudança de seus pais de Pernambuco para São Vicente, aproveitou para estudar música e canto, tocava piano e instrumentos de percussão. Teve que passar um tempo fora do país pois era comunista e aqui eles estavam sendo perseguidos. Na juventude foi vendedora de livros, era enfermeira.



Alunos encenando sob direção de Zilda Dias




Casou-se por 2 vezes tendo 8 filhos e promovia a união da família atráves da arte, os filhos antes de serem alfabetizados já aprendiam a declamar e interpretar, mas sempre agregará perto de sí muitas crianças e jovens, tiverá vários filhos de criação pois adotava crianças abandonadas(o marido falava que fazia da casa um orfanato), ajudava andarilhos dando-lhe alimento, sempre foi uma pessoa muito preocupada com a questão da FOME cultivava uma horta para promover os Sopões a comunidade, assim como promovia também cursos de alimentação alternativa, meio ambiente, reciclagem, desenvolvimento sustentável tudo no quintal de sua casa, foi tida como louca, perseguida perdendo cargos públicos, mas nunca abandonou o seu amado ofício de Professora.



Banda mirim


Era Ufóloga e grande pesquisadora na área, ingressou na teosofia onde se apaixonou pelos ensinamentos, chocou a família evangélica por ser espiritualista, e em 1957 convidada pelo Mestre Yokaanam a funda a Cidade Eclética no planalto central, ela seu marido e filhos vieram para o planalto central em uma época que tudo aqui ainda era esquecido por todos ( Brasília não estava nem sendo construída), não se adaptou e retornou a São Paulo. No ano de 1967 ela voltou definitivamente para o Planalto Central.Por onde passava deixava seues ensimanento, autora de vários projetos envolvendo questões Étnica Racial e Ambientais, não se esquecendo de datas como 13 de maio(abolição da escravatura), 20 de novembro(semana da consciência negra), 19 de abril( dia do índio), 05 de junho( dia do meio ambiente) com programações intensas de teatro de rua, desfiles, poesias, dança, artesanato, esculturas vivas. Ganhadora de vários prêmios era uma mulher de muito trabalho e autora de vários projetos como o que ensinava pessoas com problemas psiquiátricos arte e inseria-os na sociedade. Sempre foi uma pessoa muito caridosa, dedicada, forte, foi um exemplo de vida quando em vida. Desencarnou no dia 17 de novembro de 1984 com um problema de aneurisma e seus restos mortais se encontram na cidade de Palmelo-GO. Mas deixando eternizado seus ensinamentos em todos aqueles que com ela conviveram, e através de sua obra de poesias, crônicas, peças teatrais e filhos.


Banda Mirim


Professora Zilda e seus alunos

3 comentários:

  1. Salve, salve a grande matriarca das artes da família Dias e Albuquerque!!!!!!!!!!

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  2. Em minha vida conheci ,uma mulher nobre de coraçao puro e integro a melhor pessoa que Palmelo tem que se previlegiar em ter tido como moradora cidadã.Como professora de amor ,caridade,,paz,alegria e tantos outros sentimentos bons que podemos ter .obrigada professora zilda por ter feito parte da minha vida .Te Amo para sempre .que Deus abençõe a todos da familia albuquerque.de sua aluna eterna. VÂnia .abraço a meus padrinhos (Boaz e Isis).

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