segunda-feira, 21 de março de 2011

21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

Massacre em Shaperville



No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, índios, ciganos, outros mas sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um tema delicado.

E em um país que vemos noticias como essa “Comerciante cospe no rosto de copeira, xinga-a de “negra safada” e acaba preso” você vai negar que o racismo existe?

Temos que lutar contra esse grande mal da sociedade, não podemos nos calar, muito menos ficar omissos, reflita sobre isso.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Ben Cameron: O verdadeiro poder das artes cênicas.

Bom dia Pessoal, através de uma indicação eu descobri esse site (www.ted.com/talks) que é muito interessante, onde tem várias discussões, com temas diversos, é um site muito bom, eu recomendo que dêem uma olhada, e dando uma olhada lá encontrei esse vídeo que trata do poder das artes cênicas, vale a pena dar uma olhada.






Administrador de artes e fã do teatro, Ben Cameron lança seu olhar crítico sobre o estado das artes ao vivo e pergunta: Como pode a magia do teatro ao vivo, da música ao vivo, da dança ao vivo competir com a Internet sempre disponível? No TEDxYYC, ele oferece uma visão arrojada para o futuro.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Felicitações a todas mulheres


Queremos desejar a todas as mulheres, não somente no dia 08 de março, que é um dia dedicado a elas, mas sim todos os dias, gostaríamos de desejar e enviar a todas as mulheres as mais belas flores.

E aquelas que já se foram em nome da luta por uma causa queremos agradecer por terem tido a garra, a força e a hombridade, a todos vocês mulheres que hoje lutam, que se fazem presente nesse planeta, nossas homenagens, que flores desabrochem a cada um de vocês!


E esse ano prestamos nossa homenagem a

Dra. Zilda Arns.


Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.

No dia 14 de janeiro, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), seu sobrinho, divulgou uma nota sobre as circunstâncias da morte da médica:

"A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cer

ca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora. A Dra. Zilda n

ão ficou soterrada. O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida. O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Já outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram”.



Dra. Zilda Arns Neumann, 75 anos, é médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordena

dora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também é representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nac

ional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).


Nascida em Forquilhinha (SC), reside em Curitiba (PR), é mãe de cinco filhos e avó de dez netos. Escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Par

aná, teve como suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanh

a de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns cria a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Foi então que desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas,

como narra o Evangelho de São João (Jo 6, 1-15). A educação das mães por líderes comunitários capacitados revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças facilmente preveníveis e a marginalidade das crianças. Após 25 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. Seus mais de 260 mil voluntários levam fé e vida, em forma de solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres.

Em 2004, a Dra. Zilda Arns recebeu da CNBB outra missão semelhante, f

undar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente mais de 129 mil idosos são acompanhados todos os meses por 14 mil voluntários.

Pelo seu trabalho na área social, Dra. Zilda Arns recebeu condecorações tais como: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Person

alidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina. Dra. Zilda é Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios; e foi homenageada por diversas outras Instituições, Universidades, Governos e Empresas.


terça-feira, 8 de março de 2011

Divulgação: CINE ÁFRICA


O Cine África tem como objetivo divulgar prioritariamente filmes produzidos na África, que tem a circulação reduzida no Brasil, legendados em português.

Informação: Promoção Semana da Mulher

sábado, 5 de março de 2011

Inofrmações: Coisa de preto


Por Mathias Gonzalez

Quem ler este artigo vai, definitivamente, parar de dizer coisas simplórias do tipo: “No Brasil, não tem preconceito racial... pode ter social, mas racial nunca”; ou “racismo é coisa do passado, vivemos em uma sociedade igualitária”; ou ainda “quem tem preconceito de cor é o próprio negro, ele é que se discrimina.” Pura bobagem! Você vai ver que não é bem assim.

Quem é branco (incluam-se aí os pardos ou amarelos), não sabe o quanto um negro sofre neste país. Tem coisas que só um negro ouve, vê e sente. E não é nenhuma doença psiquiátrica do tipo alucinação ou esquizofrenia. É real mesmo. Sou negro, 1.81m de altura, 83 quilos, visto por muitos como “negro de boa aparência”. Boa aparência? Quer dizer que tem negros de boa ou má aparência? Baseado em qual padrão? Europeu? Pelo visto tem sim. Se o sujeito for negro, alto, atlético e tiver caminhando na praia de sunga ou bermuda, a mulherada ainda que goste da raça, vai pensar, no mínimo, que ele é um pagodeiro, capoeirista, sambista ou jogador de futebol da terceira divisão Claro, não pensará nunca que o cara pode ser um médico, um cientista ou escritor. Se estiver de terno preto e gravata, vão carimbar logo: segurança ou motorista particular. Por isso, deixei, definitivamente, de usar ternos pretos em festas. Pois me cansei de ser abordado por homens e mulheres brancas pedindo para: informar onde ficava a toillete, onde poderiam fumar, se poderiam pegar o carro deles no estacionamento e alguns até, sem qualquer cerimônia e sempre com um sorriso complacente nos lábios, depositavam gentilmente em meus braços seus casacos de pele ou sobretudo, pedindo que eu os guardassem em lugar seguro.

Certa vez uma senhora muito elegante fez isso e eu alisei o caso de pele de martae perguntei: - desculpe senhora, essa pele é original mesmo? Quero dar de presente para minha esposa, mas sempre fico na dúvida... como saber se é original? - Como disse?!!!!... “ A mulher me olhou com ar espantado e antes de concluir a resposta, viu o verdadeiro segurança da festa retirar das minhas mãos o casaco e informá-la onde seria guardado. Minha vingança naquela noite foi circular pelo salão com uma taça de vinho branco e, todas as vezes que encontrava a dita senhora, fazia um aceno e dizia: “boa noite... divirta-se senhora”.

Mas não fica por aí. Certa vez, eu morava na área nobre de Copacabana, estava atrasado para um compromisso e tive que sair correndo do meu prédio para pegar um taxi na rua. Mal saí do edifício e fui detido por dois PMs, segurando cassetetes e arma na mão:

- Teje preso!!! Gritam em uníssono.

– Largue a maleta!! Mão na parede meliante! Documento!!!

Fiquei sem saber o que deveria fazer. Com as mãos na parede, não poderia mostrar meus documentos. Também nem ia adiantar. Já estava preso mesmo. Quem manda ser preto e sair correndo de um prédio em Copacabana com uma maleta na mão? Até explicar o mal entendido, ser revistado, mostrar todos os documentos, contra-cheque, CPF, RG, Título de Eleitor com comprovante da última eleição... e ser finalmente liberado, perdi o compromisso. Os PMs (todos brancos) me liberaram, mas ainda me fizeram uma advertência:

- Olha aí doutor... tome mais cuidado. Melhor não sair correndo na rua... o senhor pode até levar um tiro...

Daquela data em diante, ando pé-ante-pé e, quando vejo uma dupla cosme-e-damião, dou um sorriso, faço um aceno e passo de mansinho. Não quero mais passar pelo constrangimento da abordagem truculenta ou levar uma bala perdida.

Mas não acabou aí. Sendo negro, não posso estar parado na porta de uma loja esperando minha filha que foi ao banheiro das meninas. Muita gente que entra na loja vai logo me perguntando: - Onde fica a seção de calçados, moço? Ou – Pode me dizer que horas a loja fecha hoje? Quando respondo que não sei, ainda ouço o resmungo da pessoa se afastando:

– Nego burro... não sabe de nada!!

Certa vez uma senhora até me pediu par segurar o cachorro dela enquanto ia pegar uma sacola de compras, bem rapidinho. Só de maldade eu disse a ela:

- Pode entrar com seu cão, senhora.

Minutos depois, vi a mulher furiosa sendo posta pra fora com seu poddle latindo furiosamente. A mulher berrava dizendo que o “segurança tinha autorizado”. Eu me rachava de rir, espiando tudo de longe. Não foi merecido? Ela vai ter o cuidado de perguntar da próxima vez se a pessoa que está ali é o segurança. Nem todo negro na porta de uma loja é o vigia, guarda, segurança ou informante.

Houve até um governador de Brasília, que mandou dar uma “salva de vaia em um preto petista” para um rapaz negro e seu opositor político durante um comício. Depois, ao receber duras críticas de ONGS anti-racismo, disse que gostava de pretos... – Gosto tanto que tenho na minha casa minhas empregada (sic) são todas pretinhas...” Depois disso, o famigerado governador se desculpou, em um palanque, com o rapaz que ofendera, em público e, diante das câmeras, deu-lhe um beijo na cabeça e exclamou: “ Hummmm... é um pretinho mas é até cheiroso!!”

Ser preto é ser, por acaso, malcheiroso? Meu pai (que também é negro) me chamou a atenção para o fato de pessoas brancas que, ao passarem por ele, colocavam a mão no nariz. Eu não tinha reparado, mas ele, com mais anos de negritude e discriminações, já tinha percebido. Acreditem, é verdade. Muitas pessoas ainda fazem isso quando passam por um homem ou mulher negra. Branco não fede a suor? Preto não usa desodorante?

Assim, quero dizer que ser negro, no Brasil, não é fácil. Se estiver bem vestido, é confundido com profissionais serviçais; se não estiver, será marginal, bandido em fuga ou alguém infradotado. Portanto, de hoje em diante, se você for branco ou não, quando vir um homem ou mulher negra, não não a estereotipe, não a carimbe, não a rotule, antes de saber quem ela realmente é. Pode ser quem você pensa, mas pode ser um cara como eu e, provavelmente, você não vai gostar nem um pouco da resposta malcriada que vou lhe dar. E olhe, tenho 4 pós-graduações, só uso perfume pólo e tenho carro importado. Coisa de preto!!

(*) Mathias Gonzalez – é psicólogo e escritor

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cultura: Entrevista com Zé Pretim para o programa RG: Cultura.

Boa noite, e uma indicação para todos, é essa incrível entrevista com Zé Pretim.
Vale a pena conferir!

Parte 1


Parte 2

Parte3

E ainda tem essa versão de Asa Branca, que ficou incrível.
#Recomendadíssimo.


Agenda: Projeto Popularizando a Sinfonia.